sexta-feira, 14 de maio de 2010

almost dead;

E tudo começara do fim dessa vez, eu podia ver a mim mesmo ali no chão, os disparos foram tão altos que eu ainda conseguia ouvi-los ecoando em meus ouvidos mortos. Os músculos pouco definidos de minha barriga tremiam freneticamente, por um momento me assemelhei a uma transformação de vampiro, mas não era bem isso o que acontecera, eu lembrava perfeitamente, eu vira cada detalhe e por incrível que pareça eu ainda estava ali.

Lembrei da primeira vez que isso aconteceu, foi a certa de um ou dois meses atrás, quase havia esquecido, embora o significado disso nunca tivesse saido de minha mente. Eu estava ali com alguém da familia, não sabia quem, era um lugar cheio de casas bem construídas, mas a areia predominava no chão e logo notei onde eu realmente estava, o mesmo lugar do primeiro sonho, mas em um cenário diferente.

Posso lhe garantir que fora bem rápido, tão rápido que eu não pude nem me mover, era o mesmo homem, mas agora eu podia ver metade do seu rosto, mesmo que fosse pouco familiar, varias imagens de pessoa parecidas com ele me vieram a tona na cabeça. Eu tinha algo nas mãos, era metálico porque eu conseguia sentir o gelado do ferro em uma noite úmida, não era uma arma, mas poderia ser usada como uma embora eu não quisesse fazer o mesmo. Ele simplesmente apareceu ali com a arma na mão, ele queria o que eu segurava, mas eu cerrei meus punhos e permaneci no lugar, eu não sentia medo nenhum, medo de morrer é algo que eu nunca senti, principalmente se fosse uma morte instantânea.

Não demorou muito até eu ouvir dois disparos vindo em minha direção, eu podia sentir as duas balas entrando no meu corpo e o atravessando, perdi o fôlego durante alguns instantes, mas já estava morto quando meu corpo caiu no chão, eu fiquei ali intacto em pé, olhei para baixo e ví duas pequenas crateras em meu peito magro, olhei pra trás e ali estava meu corpo no chão. Foi quando eu vi a oportunidade, eu ainda tinha o tal objeto em mãos, deixei que eu fosse até o tal assassino, mas não focalizei em seu rosto, eu iria golpeá-lo de alguma maneira, mas alguem sussurrou em meu ouvido palavras rápidas e bem claras "Não cometa o seu suicídio!".

Meu peito doía quando acordei, não sabia muito bem onde andar, mas lembro de ter deixado o objeto cair de minha mão e simplesmente acordar.

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