quarta-feira, 7 de abril de 2010

inside my head;

O telefone toca sem parar e isso me lembra uma música antiga e bem tosca da banda Sandy&Junior. Lembro que cansei de dizer que eu sinto saudades, mas não tanto a esse ponto, quantidade nunca é qualidade, isso sim é um fato consumado e nunca deixará de ser. Todos os dias um assunto tão novo que chega a ser igual ao do dia anterior que era igual ao do dia anterior que passara, não sei se era realmente para se entender, fazer o que?

Eu? Sou um doce de pessoa, tão doce a ponto de ser amargo, 100% cacau nunca satisfaz todo mundo, mas na maioria das vezes deixa muito a desejar, já eu, não sei. O calendário grita na minha escrivaninha, logo ao lado do laptop que no caso pertence a minha mãe e não a minha pobre pessoa. Uma faca de mesa coberta de doce de banana faz medo a algumas pessoas, principalmente quando começo a lambê-la de forma rápida e sem medo enquanto assisto algo que me interesse ou somente por ter se tornado um vicio imundo. Se já me cortei? Nunca, elas sempre aparentaram cegas demais para mim, mas não sou o super-homem, algum dia apareço sem a língua e alguns saberão por quê.

Hoje antes do que fui fazer, assisti trechos de um filme que eu muito gosto, trechos marcantes de uma forma engraçada, afinal não são todos(as) que ficam com um pênis preso na garganta, não sei porque, mas quando lembro disso eu sinto meu corpo bolar de rir, mas não minha expressão em si, nunca achei necessário rir facialmente, de forma interior é tão melhor, apesar de que essa não evita rugas. Pobre Selma Blair.

Pela janela, vejo fumaça, vejo pessoas e um beija-flor, por um momento não soube dizer se era um mesmo, mas só o reconheci pelo seu fino vôo, para tudo existe uma primeira vez e essa não foi a primeira vez que vi um beija-flor negro como no interior de uma caixa em um ambiente desprovido de luz natural ou de criação humana.

Alemães são pessoas sociáveis e incrivelmente legais, pelo menos os que conheço, loucos, mas tão quietos e simpáticos que é impossível não nos perfurarmos com intimidades, apesar de que aquela mulher me deixa louco, nunca me senti assim em relação a qualquer mulher, não estou apaixonado, apenas excitado, mas não na maneira sexual e sim de outra na qual não sei o nome, nunca fui bom com títulos mesmo. Gosto do pequeno e empinado nariz dela e a voz estranhamente misturada com um português falho e de sotaque gringo. Sempre gargalho.

Ultimamente estou pedindo para sair de casa, ou melhor, sonho em estar fora de casa, com um trabalho nas costas seguido de uma universidade, de preferência? Ouro Preto, obrigado! Aqui está ficando escuro e vingativo. Não gosto desse cheiro de kaiak suado em camisa velha jogada ao cesto de roupas sujas, ele me enjoa, me enoja, me prende e eu me afasto.

“Tão belo é aquele que consegue enxergar a beleza nos olhos de quem é cego.”

0 comentários: